2007-02-12

Por Vales Sombrios...


Tenho caminhado na escuridão, onde o medo e a angústia se escondem... Sei que do outro lado surgirá a luz que me guiará a mais momentos de alegria, mas o conhecimento disso não diminui o receio e a ansiedade... o escuro consegue ser assustador... medo de não acordar, de ficar presa ao nada, ao silêncio aterrador do vazio de sons, da música que me embala quando me sinto sozinha... A vontade de fugir daqui invade-me a cada passo dado a medo... Sinto que terei que aceitar... aceitar que a vida ainda que cheia de cor, também tem recantos escuros e feios, nos quais temos receio de nos perder... aceitar que só ficando quieta, calma, tudo passará. Pode ser doloroso por uns segundos, mas passará, e a minha visão começará a adaptar-se à escuridão, dando lugar a novas formas e até nuances de breve cor...


A paz virá e o espírito ficará mais calmo.


Não tarda, estarei a chegar ao fim deste túnel vazio e negro e encontrarei a saída.


Algo de muito bom estará à minha espera...

5 comentários:

Anónimo disse...

O negro o branco....cores nada absurdas de extremos...
A côr é inarrável querida Carla....é sempre e apenas expressa e quantitificada pelo sugeito que a "vê"...é no olho pessoal que existe a grande pelete de cores.
O espectro do branco é uma catarsse de expelir todos os cambiantes, e esse arrombamento de cores redonda ao sugeito, quase a todo e quaquer sugeito a côr : banco.
O preto é justamente o contrário...a matéria absorve inconsolada todos o espectro como uma lamúria de lúxuria...e ao sugeito, a ausencia de refletir ao olho qualquer côr...a vê de negro.
Pensar no cinzento para sair de uma porta escolhida ao olho, é um absurdo...as emoções são lógicas como a bomba, saltam ordenadamente de forma impossível.Para sair do negro cambiante, só mesmo a explosão com luz.A Violência é amor, quando luzrefleta aos olhos...aliás, apenas a apaixão pode ser negra, o amor é sempre vivo demais para não deixar escapar qualquer espectro para quem veja.
Pendurar o esqueleto no armário, beber um bom vinho do Porto, e continuar a ter infância, sempre foi o caminho para a luz.
Feliz regresso a estimo Carla.
Prazer em revêla prof. !Claro que sim muleta!

jguerra disse...

Para já, obrigado pela visita.

Escreveste aquilo que todos sentimos em determinado período da vida (às vezes repetidos). Mas deveremos ficar obsecados pelo escuro ou procurar chegar ao final do túnel quanto antes?

Anónimo disse...

Acho que não fui claro, pelo que depreendo na resposta.
Apenas direi um lugar comum:
Os olhos são o orgão.
O escuro, é tão impossível como o silêncio.Mas há quem o imagine existência.

Fases são, quando se acredita envolta de um sem retorno, frente a uma parede negra.Um deja vu, de tantas infâncias de gente.
Não era sobre uma fase, que comentava, bem pelo contrário.

Cumprimentos
Francisco Cunha

C. disse...

Finalmente, cheguei.
Peço desculpa pela demora.
Após corrida contra o tempo, realmente, sabe bem dar descanso ao esqueleto e a infância fará sempre parte do meu currículo.
O sonho dá côr à vida e o contínuo sorriso, mesmo perante as diversidades, povoa de felicidade os meus dias. Os momentos escuros fazem parte, para darmos ainda mais valor aos momentos coloridos e simples.
Faça o favor de ser feliz

Maruca disse...

Entregamo-nos á corrente que o rio nos há-de levar a casa... assim estive hoje minha querida amiga, esta semana até talvez, mas sim, sempre aceitando e acreditando porque sei com toda a certeza que sou feliz e uma priveligiada, sem qq sombra de duvida.