2007-10-22

A correr um bocadinho...

De volta ao trabalho, o tempo parece diminuir drasticamente. Mas, nada de grave. A vida tem destas coisas e uma delas é a normal correria do dia a dia :).

O que importa é o que faço com o tempo, mesmo que seja diminuto.

Uma excelente semana se avizinha ou o universo não fosse meu amigo :)

2007-10-21

Um Mundo de Fantasia com a Pipas


Hoje terminam as minhas mini-férias, com saudade dos novos dias que virão dentro de duas semanas.


Borboletas e flores coloridas povoam agora o meu mundo, enquanto moldo nos meus dedos novas aventuras de fimo. Fios, pulseiras, anéis, marcadores de livros começam a nascer do berço da minha imaginação, dando asas ao meu coração de criança.


Nestes momentos, sou pirata, a fada sininho ou apenas a menina que adora correr num campo florido, enquanto sonha voar para além do horizonte.


Não desejo deixar de encarar a realidade de cada dia, apenas trazer mais cor e luz a cada pedacinho de vida a que me entrego.


A sonhar crio a minha realidade.

2007-10-19

Ecos Dispersos


O lugar onde cair...
O passo a dar...
Tela nua
Dispersa na parede.
Um apelo descontente.


Para onde se dobra a folha

Ao vento da concordância,
No espaço da ironia
De um gesto mudo?

Surreal é o pensamento cruzado
Na trama de vida fútil,
Engasgada no grito
De criança perdida.

Dalis do mundo,
Uni vossa voz!
Criai discordância
No complexo fio
Da moralidade!

Cortai amarras
Num desejo infinito
De liberdade pura
Sem regras ou dor!

Pintai murais!
Dançai valsas!
Fazei filhos
Ao som de pianos
Roucos de tanto
Gemer a dor dos aflitos!

Parai a roda da vida!




2007-10-18

Andy Mckee - Guitar - Drifting - www.candyrat.com

Há já muito tempo que não vinha para omeu cantinho de almofadas. As saudades crescem quando deixamos de ter computador para voltar aos momentos mais queridos do nosso interior. Viajei de outras formas, criei de outro jeito.O que importa é regressar...
O meu sorriso abre-se sempre que encontro tesouros destes. Pra escutar naqueles dias em que achamos que não temos jeito para nada ou que já inventaram tudo. Há sempre um cantinho para nós. Basta procurar bem lá no fundinho do nosso coração e nascerá sempre uma nova ideia.

2007-08-16

The Secret To You

Porque Somos Todos Um...

Raul Midon-

Simplesmente fantástico! "Apresentado" pelo meu irmão, conquistou-me com seu talento. Não existem desculpas nem defeitos para não se ser fenomenal.
It's only a state of mind

2007-08-15

Viagem Astral


Estive ausente, parti para ver novos estados de ser.

Confesso que não tive saudades porque precisava de ver outros lugares em mim.

Sou Sagitário e o desejo de mudança mora em mim.


Nos últimos dois anos, a minha vida mudou mais do que em 30 anos da minha existência.


Olho-me ao espelho e vejo quem sou e não quem desejei ser durante tanto tempo.


Às vezes, sinto a tentação de me arrepender do que fiz e disse, de julgar os meus procriadores, de colocar a culpa em alguém... Mas, alegro-me porque essas vontades são cada vez mais pequeninas; quase não as escuto.


Cresce em mim a gratidão pelo meu passado.


"Somos o que somos por causa do que fomos" (pelo que o meu marido diz, é de Fernando Pessoa).


É nos desafios que aceitamos que nos encontramos.


Numa adaptação de Osho, uma rosa é bela porque não deseja ser um lótus.


É maravilhoso desejar nada mais do que isso: apenas Ser eu própria, com tudo o que isso implica.


Sem narcisismos, amo-me cada vez mais e desejo que cada ser encontre, aceite e crie a sua verdadeira essência.


A Verdade existe em cada um de nós.



2007-07-01

Para nunca mais me queixar...


Há alguns dias atrás, vi, na televisão, que nos EUA, um reverendo resolveu oferecer umas pulseiras a toda a sua comunidade.


Pulseiras "No Complaint".


Cada pessoa coloca uma pulseira num dos braços para usar durante 21 dias. Durante esse tempo não pode queixar-se de absolutamente nada. Se se queixar, muda a pulseira para o outro braço. Milhares de pessoas têm aderido a este movimento porque sentem que a sua vida mudou imenso. Sentem-se mais felizes, mais leves e com mais esperança.


Uma vida sem queixas é uma vida feliz!


O Reverendo foi o primeiro a dar o exemplo e confessa ser uma tarefa difícil.


Imaginem não se queixarem do tempo, do trânsito, do pouco dinheiro, da nódoa na camisa, do cão do vizinho, do chefe rabugento, do ressonar do marido, da dor de cabeça...


Dá mesmo vontade de pedir uma pulseira...


Pelo que o reverendo disse são GRATUITAS! Claro que as pessoas podem dar donativos, mas as pulseiras estão a ser exportadas para todo o mundo sem encargos para quem as pede.


Isto é que é ter amor a uma causa :)


Vejam o vídeo em:




E as encomendas são feitas em:




Se conseguirem atingir o desafio, recebem um certificado de felicidade.


Nunca é tarde para nos vermos livres das queixas!


2007-06-12




"Um ''não'' dito com convicção é melhor e mais importante que um ''sim'' dito meramente para agradar, ou, pior ainda, para evitar complicações."

Mohandas Karamchand Gandhi
Índia[1869-1948]Lider Espiritual







2007-06-11

Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulin

A fantasia ao serviço do Amor. É sempre possível recriar a nossa realidade, trazer mais fantasia aos nossos dias, entre gomas de morango e o photomaton...

O Caminho...

2007-06-05

Loreena McKennitt- Beneath a Phrygian Sky

Our Love will make us strong...



E Se?...


Encontro-me cara a cara com o meu principal inimigo.

Seu nome: E Se...


Tem estado a perseguir-me, a invadir o meu espaço...


No início fingi não ver... e, em passinhos de lã, E Se... entrava de mansinho, secretamente, em cada espacinho do meu Ser.


Agora... Está Insuportável! Chega!


Tomo uma decisão... e aparece o E Se...; quero mudar... e o E Se... amordaça-me; vou arriscar... e o E Se... puxa-me para trás; E Se... E Se... E Se....


Chegou a hora!

Fora com o E Se...


Já perdi muitas oportunidades da vida por lhe dar ouvidos.

Já deixei de Ser quem Sou porque deixei o E Se... seduzir-me.


Agora, de armas no coldre, olhos nos olhos, enfrento E Se... De fundo, música de Morricone (do filme "O Bom O Mau e O Vilão").


E Se... encara-me com o seu olhar sedutor na tentativa de minar as minhas certezas...


Preparo-me com firmeza e força no olhar. Não volto atrás! Acabaram-se os E Se... na minha vida!


E Se... perante esta atitude, vira costas e foge...


Cobarde! Não aguenta a força da convicção...


Decerto vai invadir o espaço de alguém distraído...


Se o virem a espreitar à vossa janela, chamem a vossa auto-confiança e amor-próprio, e preparem-se para expulsar E Se... da vossa vida.




2007-05-31

Medo do Escuro?...


Li esta passagem num dos livros que leio e releio e senti vontade de partilhar...


"Houve em tempos uma alma que se conhecia como sendo a luz. Era uma alma nova que, por isso, ansiava pela experiência. "Eu sou a luz", dizia ela. "Eu sou a luz". Mas nem todo esse conhecimento e essa proclamação podiam substituir a experiência. E no reino de onde essa alma vinha, a luz era tudo o que havia. Todas as almas eram sublimes, todas as almas eram magnificentes e todas cintilavam com o brilho da Minha excelsea luz. E por isso, a pequena alma em questão era como uma vela ao sol. No meio da luz mais radiosa - da qual fazia parte -, não conseguia ver-se a si mesma nem experienciar-se como Quem e O Que Realmente É.


Ora acontece que essa alma ansiava cada vez mais por esse autoconhecimento. E tão grande era a sua ânsia que Eu um dia lhe perguntei: Sabes o que deves fazer para satisfazer essa tua ânsia, Pequenina?


- Ah, o quê, Deus? O quê? Farei seja o que for! - afirmou a pequena alma.


- Deves separar-te de nós todos - respondi-lhe -, e depois deves cobrir-te de escuridão.


- O que é a escuridão?, ó Sagrado? - perguntou a pequena alma.


- Aquilo que tu não és - repliquei, e alma entendeu.


E foi assim que a alma fez, isolando-se de todos, sim, sim, entrando mesmo num outro domínio. E, nesse domínio, a alma teve o poder de evocar para a sua experiência toda a espécie de escuridão. E assim fez.


Mas, no meio de toda a escuridão, pôs-se a gritar "Pai, Pai, porque me abandonaste?" Tal como vocês fazem nos momentos mais negros. Eu, porém, nunca vos abandonei, estou sempre a vosso lado, pronto a recordar-vos de Quem Realmente São; pronto, sempre pronto, a trazer-vos para casa.


Por conseguinte, sê luz na escuridão e não a amaldiçoes. E não te esqueças de Quem És no momento em que te vires rodeado por aquilo que não és. Mas louva a criação mesmo enquanto procuras alterá-la.


E fica sabendo que aquilo que fazes na altura da tua maior provação pode ser o teu maior triunfo. Pois a experiência que crias é um testemunho de Quem Tu És - Quem Tu Queres Ser."


in "Conversas Com Deus" - livro 1 de Neale Donald Walsch




2007-05-30

Loja da Pipas


A Loja da Pipas é um projecto que nasce das mãos e dos corações de duas amigas: eu e a Andreia.


A Andreia já fazia artesanato, umas bolsas lindas em fio de licra e trabalhos em découpage, para além de outras técnicas.


Eu sempre achei ter duas mãos esquerdas... Já a minha mãe, quando eu era cachopa, lá insistia comigo para aprender a bordar, a fazer croché e tricôt, mas apenas guardei as bases porque o que eu queria era ler, ler, ler e cantar, dançar...


Recentemente, com o apoio da Andreia e perante o cansaço que começava a instalar-se a nível intelectual, resolvi colocar mãos à obra e criar acessórios, pequenos objectos que nos recordassem o que de mais belo existe em nós.


Comecei pelas Telepipas... já fiz um colarzinho e a imaginação fervilha de ideias.


Resolvemos então criar um site da Loja da Pipas, o qual eu convido toda a gente a visitar, deixar a marca, fazer encomendas, dar ideias ou simplesmente passar por lá!




É um espaço em constante evolução à medida da nossa criatividade.


Ficamos à espera da Vossa Visita!

2007-05-25

Don't Give Up, You Are Loved

Dedico este miminho a todos os Seres!

2007-05-17

Arrumação Espiritual...


Nestes últimos dias, tenho estado ocupada com a organização dos meus espaços. Acumulavam-se as recordações e aquelas coisinhas que considero sempre que vou dar-lhe alguma utilidade até que coisinha após coisinha, já quase não consigo fluir livremente.

Roupas que não visto, folhetos turísticos e culturais que enchem caixas, anotações e anotações...

Ao mesmo tempo que liberto o meu espaço físico, a necessidade de limpar o meu espacinho interior aumenta. Na correria dos dias, não tenho reparado no entulho que vou acumulando em jeito de pensamentos contínuos, stressantes, acerca das mais variadas coisas, a maior parte sem importância.

Torna-se um mecanismo automático, quase natural...
A formatação está de tal forma instalada que parece fazer parte de mim.
Enquanto vou deitando fora as ansiedades e as recordações fora de validade, apercebo-me de quão fácil seria viver realmente o momento, em que o passado não fosse nada mais do que isso mesmo, o passado.

A nossa essência é divina, imortal. Para quê acumular seja o que for quando já temos tudo?
Receio de quê? Para quê?

Estou extremamente grata à Força Superior pela vida maravilhosa que tenho.

Agradeço, profundamente, o mistério da vida, a possibilidade de poder experienciar quem sou, de redescobrir a minha essência.

Agradeço cada pedacinho de tempo, cada oportunidade para crescer, cada pessoa que passa no meu caminho.

Tanto para descobrir, tantos desafios para aceitar, tantas montanhas para escalar...

Sorrio perante a infinidade de oportunidades...

Sou FELIZ!

2007-05-07

Uma Nova Companhia...


Este fim -de-semana, uma gatinha aceitou o nosso convite para fazer parte da nossa família.

Como vivi sempre num lugar campestre (até ter-me mudado para a cidade), estive sempre rodeada por animais, no entanto, nunca consegui afeiçoar-me porque, com o crescimento da zona, as estradas aumentaram e com elas, a morte... doía perder...


Agora, após visita a esse lugar encantado, deixei-me apaixonar pelo olhar ternurento da Micha (já a baptizámos... :)).


Pensando eu que me tornaria o porto de abrigo da bichinha, descubro, afinal, que estou a receber mais do que imaginava. Só de a observar, aprendo a relaxar mais, a respirar mais calmamente, a levar a vida com mais leveza e despreocupação, como uma folha levada pela fluidez de um rio...


O modo como adormece no meu colo enquanto escrevo estas palavras, faz-me compreender que a correria do dia a dia, envolta em constante ansiedade, nada mais traz do que preocupações e mal estar.


(Re)aprendo a parar...

(Re) aprendo a sorrir com as coisas mais singelas...


Até já, vou brincar com uma bola de lã...



Ps: logo que tenha uma fotos, eu mostro :)




2007-04-30

Celtic Woman - You Raise Me Up

Para elevar o espírito...

(para escutar, basta premir pausa no radiozinho do blog e premir play no neste clip youtube)

Nocturne

Voar de regresso a casa, à nossa verdadeira essência, através da melodia da Alma...

Explorar os Jardins Secretos do nosso interior...

(Re)criar cada pedacinho de céu...

Estendo os meus longos braços e afago cada irmão, cada irmã, num gesto de muito carinho...

Que o Amor esteja convosco...

2007-04-26

O Prazer de ser Autêntico...


Ir ao encontro da versão mais maravilhosa de nós próprios. Recriar o nosso EU, a nossa essência de acordo com o nosso coração, com os nossos valores.


Existem dias em que chego a acreditar que a autenticidade está em vias de extinção... Pessoas que me rodeiam, desejam ser alguém que não elas, numa busca vã de outras pseudo-personalidades que lhes dêem mais destaque e mais sucesso.


Têm tudo para ser felizes mas adiam esse sentimento para quando atingirem algo ou adquirirem algo, ou até acontecer algo de fantástico que possa merecer o nome de felicidade.


Quando se deparam com uma pessoa realmente autêntica, enamoram-se do seu estado de graça e, numa ânsia de louco, desejam absorver cada célula de Luz, cada "ensinamento" que lhes traga, nem que seja, a ilusão de ser autêntico...


Ao invés de tentar compreender o modo como essa pessoa se torna autêntica, imitam os seus tiques, fazem suas as frases que consideram mais emblemáticas, copiam hábitos, sempre com a intenção de SER esse alguém...


Imagino como o Mundo seria se cada um começasse a difundir a sua própria Luz, as suas próprias cores, a sua individualidade única e criativa... Todos ficaríamos mais ricos...


A realidade vista pelos milhares de pontos de vista enqaunto uma explosão de criatividade traria mais beleza e harmonia às nossas vidas. Deixaria de existir a frustração, a inveja, para darem lugar ao amor e à felicidade permanente...


Se analisarmos uma gota do mar, encontramos os mesmos componentes do vasto oceano...


Basta cada um ter a coragem...


2007-04-10

A História de um Sonho Impossível que se tornou Realidade...


Um pérola de sabedoria em jeito de parábola, retirada de um livro de OSHO, sábio mestre.


O rabi Bunam costumava contar aos jovens que vinham ter com ele pela primeira vez a história do rabi Eisik, filho do rabi Yekel, de Cracóvia...


"Após muitos anos de pobreza, que nunca abalaram a sua fé em Deus, o rabi Eisik sonhou que alguém o mandava ir procurar um tesouro debaixo da ponte que leva ao palácio real em Praga. Quando teve este sonho pela terceira vez, partiu para Praga. Mas a ponte estava guardada dia e noite e ele não se atrevia a cavar. Ainda assim, ele ia até à ponte todas as manhãs e ficava a caminhar por lá o dia inteiro.


Finalmente, o comandante dos guardas, que o tinha estado a observar, perguntou afavelmente se ele estava à procura de alguma coisa ou à espera de alguém.


O rabi Eisik contou-lhe o sonho que tinha tido e que o tinha trazido até aí, vindo de uma terra distante.


O guarda riu-se e disse:

- Então, pobre sujeito, para seguires um sonho, gastaste a sola aos sapatos a vir até cá. Quanto a acreditar em sonhos, se eu acreditasse nisso já tinha ido até Cracóvia para procurar um tesouro que está escondido debaixo do forno da casa de um judeu: um certo Eisik, filho de Yekel! Foi isso que me disseram em sonhos. Imagina só a confusão que não era: metade dos judeus de Cracóvia tem o nome Eisik e a outra metade chama-se Yekel!


E o guarda continuou a rir. O rabi Eisik cumprimentou-o, voltou para casa, cavou debaixo do fogão e encontrou o tesouro. Assim pôde construir o templo que agora se chama a shul do rabi Eisik."


O rabi Bunam costumava acrescentar:


"Levem esta história a sério e apliquem os seus ensinamentos. Há algo que não se pode encontrar em parte alguma do mundo, nem sequer junto do Zaddick, e contudo há sempre um local onde se encontra."


Retirado de "O Homem que Amava Gaivotas" de OSHO.

Nunca deixarei de sonhar...






2007-04-06

A ti dedico, meu Companheiro de Alma...


Primeiro a palavra, o verbo,

Expressão da tua alma

Em textos de vida, teces.


Dou-te a mão,

O sentimento e a Alma,

Lado a lado,

Linhas paralelas.


Em ti,

Descanso, Sou

Encontro o lugar

O agora

Sempre...



Brotou da minha alma para ti...








"Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos"


Já William Shakespeare (1564-1616) dizia...


Somos seres irrequietos que não se contentam com o que têm. E... ainda bem!!


Se assim não fosse, ainda estaríamos a partir pedra ou a caminhar através de quatro membros.

Contudo, às vezes esquecemo-nos de ir gozando realmente o que vamos obtendo, quase como uma criança que começa a saborear o chupa-chupa, que tanto desejou, e ainda antes de o terminar, já está a olhar para o chocolate da prateleira.


Quantas vezes nos são proporcionados momentos mágicos e não os aproveitamos ao máximo?

Quantas vezes, deitados na nossa cama, ou no nosso cantinho de almofadas, começamos a sonhar e a dizer " se eu tivesse... se me acontecesse...".


A vida, perante estes pedidos sinceros, vai-nos proporcionando momentos assim, que não vemos porque já temos o olhar lá longe, em algo que ainda não temos...


Desejar, sonhar, querer é muito positivo, mas se aproveitarmos ao máximo aquilo que vamos obtendo, criando, atingindo a longo da nossa caminhada, cada momento será mágico porque estaremos aqui e agora, a viver o que haviamos desejado no fundo do nosso coração.


Cada dia é uma dádiva. 24 horas para viver ao máximo, como se fossem as últimas horas da nossa vida.


Que farias se o mundo terminasse amanhã?


Eu sei que iria aproveitar ao máximo:


Acordar com o Sol.


Banhar-me num rio.


Saborear os alimentos que adoro, sentindo os seus diferentes aromas.


Estar com as pessoas que amo (e que muitas vezes não vejo, ou abraço) e dizer-lhes que as AMO MUITO.


Passear numa floresta e sentir a boa energia da Natureza Mãe.


Cantar até que a voz me doesse.


Embalar um bebé ao colo.


Rir, rir, rir...


Agradecer todas as coisas maravilhosas que a vida me tem proporcionado (incluindo os momentos menos bons que me têm ajudado a dar mais valor aos momentos realmente bons).


Entre tantas coisas bonitas....


E tu, que farias?


Decerto que já estás a preparar uma lista... :)


Se não estiveres com inspiração suficiente, aconselho um filme lindíssimo que se chama "A Minha Vida Sem Mim", escutar o "Balancé", da Sara Tavares, que nos transmite um "Bom Feeleng" e, principalmente, escutar a voz da tua alma...









2007-03-28

Dedicado a uma flor de Miosótis...



Porque

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.


“No Tempo Dividido e Mar Novo”, Edições Salamandra, 1985, p. 79

2007-03-26

The Gift - Facil de Entender

...e porque é mesmo tão Fácil de Entender, canta connosco. ...eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor, não sei o que é sentir, se por falar falei, pensei que se falasse, era fácil de entender...

The Gift - Music

Directo do coração para a voz para o nosso coração...
Uma das melhores bandas portuguesas.

2007-03-24

Talvez sejamos Irmãos...


Discurso feito pelo Chefe Seattle ao Presidente Franklin Pierce em 1854(depois do Governo Americano ter dado a entender que desejava adquirir o Território da Tribo)
.
O grande chefe de Washington mandou dizer que desejava comprar a nossa terra, o grande chefe assegurou-nos também de sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não precisa de nossa amizade.
Vamos, porém, pensar em sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará nossa terra. O grande chefe de Washington pode confiar no que o Chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na alteração das estações do ano.
Minha palavra é como as estrelas - elas não empalidecem.
Como podes comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia nos é estranha. Se não somos donos da pureza do ar ou do resplendor da água, como então podes comprá-los? Cada torrão desta terra é sagrado para meu povo, cada folha reluzente de pinheiro, cada praia arenosa, cada véu de neblina na floresta escura, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados nas tradições e na consciência do meu povo. A seiva que circula nas árvores carrega consigo as recordações do homem vermelho.
O homem branco esquece a sua terra natal, quando - depois de morto - vai vagar por entre as estrelas. Os nossos mortos nunca esquecem esta formosa terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia - são nossos irmãos. As cristas rochosas, os sumos da campina, o calor que emana do corpo de um mustang, e o homem - todos pertecem à mesma família.
Portanto, quando o grande chefe de Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, ele exige muito de nós. O grande chefe manda dizer que irá reservar para nós um lugar em que possamos viver confortavelmente. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, vamos considerar a tua oferta de comprar nossa terra. Mas não vai ser fácil, porque esta terra é para nós sagrada.
Esta água brilhante que corre nos rios e regatos não é apenas água, mas sim o sangue de nossos ancestrais. Se te vendermos a terra, terás de te lembrar que ela é sagrada e terás de ensinar a teus filhos que é sagrada e que cada reflexo espectral na água límpida dos lagos conta os eventos e as recordações da vida de meu povo. O rumorejar d'água é a voz do pai de meu pai. Os riois são nossos irmãos, eles apagam nossa sede. Os rios transportam nossas canoas e alimentam nossos filhos. Se te vendermos nossa terra, terás de te lembrar e ensinar a teus filhos que os rios são irmãos nossos e teus, e terás de dispensar aos rios a afabilidade que darias a um irmão.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um lote de terra é igual a outro, porque ele é um forasteiro que chega na calada da noite e tira da terra tudo o que necessita. A terra não é sua irmã, mas sim sua inimiga, e depois de a conquistar, ele vai embora, deixa para trás os túmulos de seus antepassados, e nem se importa. Arrebata a terra das mãos de seus filhos e não se importa. Ficam esquecidos a sepultura de seu pai e o direito de seus filhos à herança. Ele trata sua mãe - a terra - e seu irmão - o céu - como coisas que podem ser compradas, saqueadas, vendidas como ovelha ou miçanga cintilante. Sua voracidade arruinará a terra, deixando para trás apenas um deserto.
Não sei. Nossos modos diferem dos teus. A vista de tuas cidades causa tormento aos olhos do homem vermelho. Mas talvez isto seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que de nada entende.
Não há sequer um lugar calmo nas cidades do homem branco. Não há lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o tinir das assa de um inseto. Mas talvez assim seja por ser eu um selvagem que nada compreende; o barulho parece apenas insultar os ouvidos. E que vida é aquela se um homem não pode ouvir a voz solitária do curiango ou, de noite, a conversa dos sapos em volta de um brejo? Sou um homem vermelho e nada compreendo. O índio prefere o suave sussurro do vento a sobrevoar a superfície de uma lagoa e o cheiro do próprio vento, purificado por uma chuva do meio-dia, ou rescendendo a pinheiro.
O ar é precioso para o homem vermelho, porque todas as criaturas respiram em comum - os animais, as árvores, o homem.
O homem branco parece não perceber o ar que respira. Como um moribundo em prolongada agonia, ele é insensivel ao ar fétido. Mas se te vendermos nossa terra, terás de te lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar reparte seu espírito com toda a vida que ele sustenta. O vento que deu ao nosso bisavô o seu primeiro sopro de vida, também recebe o seu último suspiro. E se te vendermos nossa terra, deverás mantê-la reservada, feita santuário, como um lugar em que o próprio homem branco possa ir saborear o vento, adoçado com a fragância das flores campestres.
Assim pois, vamos considerar tua oferta para comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, farei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.
Sou um selvagem e desconheço que possa ser de outro jeito. Tenho visto milhares de bisões apodrecendo na pradaria, abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem em movimento. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante do que o bisão que (nós - os índios ) matamos apenas para o sustento de nossa vida.
O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Porque tudo quanto acontece aos animais, logo acontece ao homem. Tudo está relacionado entre si.
Deves ensinar a teus filhos que o chão debaixo de seus pés são as cinzas de nossos antepassados; para que tenham respeito ao país, conta a teus filhos que a riqueza da terra são as vidas da parentela nossa. Ensina a teus filhos o que temos ensinado aos nossos: que a terra é nossa mãe. Tudo quanto fere a terra - fere os filhos da terra. Se os homens cospem no chão, cospem sobre eles próprios.
De uma coisa sabemos. A terra não pertence, ao homem: é o homem que pertence à terra, disso temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará.
Os nossos filhos viram seus pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio, envenenando seu corpo com alimentos adoçicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias - eles não são muitos. Mais algumas horas, mesmos uns invernos, e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nesta terra ou que têm vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.
Nem o homem branco, cujo Deus com ele passeia e conversa como amigo para amigo, pode ser isento do destino comum. Poderíamos ser irmãos, apesar de tudo. Vamos ver, de uma coisa sabemos que o homem branco venha, talvez, um dia descobrir: nosso Deus é o mesmo Deus. Talvez julgues, agora, que o podes possuir do mesmo jeito como desejas possuir nossa terra; mas não podes. Ele é Deus da humanidade inteira e é igual sua piedade para com o homem vermelho e o homem branco. Esta terra é querida por ele, e causar dano à terra é cumular de desprezo o seu criador. Os brancos também vão acabar; talvez mais cedo do que todas as outras raças. Continuas poluindo a tua cama e hás de morrer uma noite, sufocado em teus próprios desejos.
Porém, ao perecerem, vocês brilharão com fulgor, abrasados, pela força de Deus que os trouxe a este país e, por algum desígnio especial, lhes deu o domínio sobre esta terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é para nós um mistério, pois não podemos imaginar como será, quando todos os bisões forem massacrados, os cavalos bravios domados, as brenhas das florestas carregadas de odor de muita gente e a vista das velhas colinas empanada por fios que falam. Onde ficará o emaranhado da mata? Terá acabado. Onde estará a águia? Irá acabar. Restará dar adeus à andorinha e à caça; será o fim da vida e o começo da luta para sobreviver.
Compreenderíamos, talvez, se conhecêssemos com que sonha o homem branco, se soubéssemos quais as esperanças que transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais as visões do futuro que oferece às suas mentes para que possam formar desejos para o dia de amanhã. Somos, porém, selvagens. Os sonhos do homem branco são para nós ocultos, e por serem ocultos, temos de escolher nosso próprio caminho. Se consentirmos, será para garantir as reservas que nos prometestes. Lá, talvez, possamos viver o nossos últimos dias conforme desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará vivendo nestas floresta e praias, porque nós a amamos como ama um recém-nascido o bater do coração de sua mãe.
Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Proteje-a como nós a protegíamos. "Nunca esqueças de como era esta terra quando dela tomaste posse": E com toda a tua força o teu poder e todo o teu coração - conserva-a para teus filhos e ama-a como Deus nos ama a todos. De uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus, esta terra é por ele amada. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum.

in http://www.geocities.com/rainforest/andes/8032/page16.html

2007-03-23

Onde reside a Felicidade...


A correria dos dias, o tempo que se esgota como areia nas palmas da mão...

Tanto para fazer, tanto para obter... Nunca é suficiente... Nada é suficiente...

A insatisfação que se instala e provoca as hiperventilações e as corridas para o hospital com crises de pânico (mas não sinto medo...).


Stress, dizem... O mal do Século XXI... A praga que invade cada vez mais seres... Até os animais já têm psicólogos, e as plantas que morrem em lugares onde as pessoas teimam em alimentar discussões...


Faz-se a pergunta: porquê? para quê?


Para ser Feliz...


Mas a Feliciade parece correr mais depressa do que nós e passamos a vida a tentar alcançá-la... e a fustração instala-se... a tristeza passa a ser um hóspede permanente no nosso coração...


Mas que mal fiz eu a Deus para merecer isto? Perguntam.


E as culpas passam a ser dos outros, do Governo, do vizinho, dos pais, de Deus...


A resposta está em mim, em ti, em nós...


Os olhos que tantas vezes teimam em olhar para o exterior também podem olhar para o interior. Basta inverter a direcção.


Ao invés de continuamente desejar dinheiro, fama, saúde, a presença de outro que nos ame para sempre, amigos que nos mimem, não morrer, podemos começar a olhar para dentro, com os olhos da nossa alma e sentir que mesmo sem nada disto podemos ser felizes.


De tanto correr, nunca nos lembramos de parar para descansar, para respirar, e começar a fluir, a sentir a paz e tranquilidade a surgir.


Aceitar que o dinheiro não compra felicidade (quando temos muito, desejamos sempre cada vez mais...); que a fama é uma máscara e que é maravilhoso sermos amados pelo Ser belo que somos; que mesmo sem saúde, podemos aprender a dar mais valor ao dia que nos é oferecido; que ao amar-me incondicionalmente terei o desejo de amar tudo e todos e atrairei mais amor; que a morte faz parte e é apenas uma porta que se abre para a continuidade.


Como ser feliz?


Simples... basta acreditar que se é feliz e dizê-lo diariamente a si próprio.


Lembra-te dos momentos em que te sentiste feliz e trá-los nas alturas em que sentires que estás a ser invadido pelo desespero. Afirma :"Sou Feliz" e deixa-te invadir pela leveza e pela paz interior.


Para tudo é necessário 10% de inspiração e 90% de treino.


Nunca é tarde para começar.






2007-02-12

Por Vales Sombrios...


Tenho caminhado na escuridão, onde o medo e a angústia se escondem... Sei que do outro lado surgirá a luz que me guiará a mais momentos de alegria, mas o conhecimento disso não diminui o receio e a ansiedade... o escuro consegue ser assustador... medo de não acordar, de ficar presa ao nada, ao silêncio aterrador do vazio de sons, da música que me embala quando me sinto sozinha... A vontade de fugir daqui invade-me a cada passo dado a medo... Sinto que terei que aceitar... aceitar que a vida ainda que cheia de cor, também tem recantos escuros e feios, nos quais temos receio de nos perder... aceitar que só ficando quieta, calma, tudo passará. Pode ser doloroso por uns segundos, mas passará, e a minha visão começará a adaptar-se à escuridão, dando lugar a novas formas e até nuances de breve cor...


A paz virá e o espírito ficará mais calmo.


Não tarda, estarei a chegar ao fim deste túnel vazio e negro e encontrarei a saída.


Algo de muito bom estará à minha espera...

2007-01-17

Mente Procura-se...


Mente cheia de ideias e de novas teorias desapareceu em dia desconhecido.


Levava consigo os guiões dos melhores filmes de 2007, o rascunho do novo best-seller europeu entre outra anotações de extrema importância nacional.


O Novo Nobel da Literatura está em perigo!


Dá-se recompensa: uma parte dos direitos de autor...


Enquanto não a encontras, aproveita para ler esta notícia fresquinha, pelo "jornalista" Rui Zink:


"Anteantepenúltima Hora


Uma mulher foi encontrada viva numa repartição de Finanças do 5º Bairro Fiscal, em Lisboa. A mulher, de quem até ao momento desconhecemos nome e apelido, não apresentava quaisquer sinais de violência nos membros superiores, nem nos membros inferiores. A cabeça encontrava-se envolvida por uma massa espessa de cabelo castanho, e por debaixo das sobrancelhas, também castanhas, tinha dois olhos da mesma cor. Tudo indica, portanto, que olhos sejam mesmo seus.


A menos, claro, que o cabelo e as pestanas sejam postiços. A Polícia, no entanto, não adiantou quaisquer pistas sobre o assunto.


O corpo deslocava-se com aparente naturalidade e apresentava-se convenientemente vestido, com uma saia, uma blusa creme e sapatos de salto raso. A mulher aparentava ter entre vinte e quarenta anos, e parecia ter tudo em ordem, inclusive os seus papéis.


Nada levaria os funcionários a suspeitar que ela estava viva, apesar de alguns indícios estranhos: não se queixava do cansaço, nem de dores de cabeça, nem do marido,nem dos joanetes, nem das costas, nem dos filhos, nem da vida, nem do namorado, nem do calor, nem da mãe, nem do tempo, nem dos transportes, nem da falta de tempo. Apesar de ter estado um hora à espera, parecia mesmo bem disposta. Mas o que traiu mesmo a sua condição foi um ligeiro descuido por parte dela: estava ler um livro.


Até ao fecho deste bloco noticiário, ninguém reclamou o corpo."


(retirado de "A Realidade Agora a Cores" de Rui Zink)