
Somos, cada um, como uma peça de um puzzle que se encontra espalhado numa mesa. Biliões de peças, todas únicas, diferentes, com características especiais que nos tornam essenciais ao todo.
O objectivo da nossa existência prende-se com o experienciar ao máximo, como indivíduos, o que seria mais complexo ou mesmo impossível de ser experienciado pelo todo (se a Vida, ou Deus, é tudo, como se pode experiência?).
Para se experienciar, a Vida divide-se continuamente em pequenas unidades (uma planta, um ser humano, uma pedra...).
Nesta existência, temos um corpo físico capacitado de sentidos para que essa experiência seja possível. O tacto, a visão, o paladar, o olfacto, a escuta, os quais aliados à mente nos trazem as experiências mais belas e as mais horríveis também, sendo todas muito importantes.
Sem a tristeza não poderíamos conhecer a alegria, sem o feio não daríamos valor ao belo, sem o amargo, não desejaríamos o doce, sem a dor não desejaríamos o prazer. A moeda tem sempre dois lados.
Temos estas experiências todas e podemos escolher o modo como as vivenciamos: se fazemos delas experiências positivas, aprendendo com elas ou se fechamos os olhos e fingimos que não é nada connosco
Contudo, sejam quais forem as nossas decisões, as nossas opções, todas são válidas porque nada mais são do que caminhos para a experiência. Uns de um modo mais célere, outros num ritmo mais lento, caminhamos na direcção do Todo.
No nosso ser mais profundo, sabemos o que realmente importa e sabemos que somos parte de um todo, mas, na maior parte do tempo, o facto de sermos unos fisicamente provoca a ilusão de que estamos efectivamente separados e em comparação uns com os outros. Vivemos na ilusão da competitividade...
Se cada um de nós tivesse a consciência de que todos somos essenciais e parte de algo magnífico e vivo como a Existência, teríamos mais compaixão pelo outro (porque estaríamos a ter compaixão por nós mesmos), respeitaríamos os outros seres e ficaríamos gratos por estar aqui e agora (porque já o facto de respirar faz com que a Vida evolua activamente - o dióxido de carbono que lançamos a cada expiração ajuda uma árvore ou uma planta a sobreviver, e elas dão-no tanto...).
Uma pequenina gota tem a essência do Oceano em si, mas só se transforma em Oceano quando se une a outras gotas.
Nunca estamos sozinhos...