Não encontro palavras para esta versão dos Nouvelle Vague. Remeto-me ao silêncio, fecho os olhos, e de sorriso nos lábios, deixo-me apenas ser... apenas ser...
... aumenta-lhe um ponto, uma vírgula, o melhor que existe em ti. Um novo espaço para Ser e partilhar...
2008-08-16
Nouvelle Vague - Love will tear us apart (LIVE)
É na simplicidade que mora a beleza mais rara. Como é simples esta versão...
2008-08-04
Para cuidar do corpo e da mente

Comecei recentemente a aprender deum modo um pouco autodidacta a fazer yoga.
Para além de me relaxar imenso, fico com a sensação fantástica de vitória. Faço uma posição... yuppi!! consegui sem ter um entorse... depois passo para a outra e sinto-me cada vez mais forte e ágil...
Não estou a brincar, realmente, yoga não é nada parado como dá a sensação de ser. Os meus músculos nunca estiveram tão distendidos e ao mesmo tempo relaxados.
Não aprecio ginásios porque gosto de me mimar no quentinho do meu lar, por isso tenho encontrado algumas ferramentas que me têm ajudado. Gostava de partilhar uma que é... GRÁTIS!!!
Para terem sessões de 60 minutos de yoga grátis (em vídeo, claro :)) basta ir a:
Aproveitem para sorrir enquanto fazem as posições!!
2008-08-02
Pourque Je suis...

É nas alturas de maior desconforto que reparo o quanto cresci...
A insatisfação que parece instalar-se, ao mesmo tempo, parece instigar-me para olhar apenas para fora de mim, como se a cura, a resposta estivesse algures no exterior.
Talvez noutro lugar, a comer qualquer outra coisa, a vestir de outro modo... sei... tudo estaria mais calmo se alguém fizesse aquilo que eu considero ser a resposta para mim. Sim, quem sabe... a resposta pode estar na mão de alguém...
Sinto que vimos todos de um lugar onde tudo é autêntico e simples. Onde sabemos que a nossa resposta se encontra em cada um de nós. Mas, com o passar dos anos, de eras milenares, esquecemo-nos, preferimos fechar os olhos e criar capas que nos iludissem a acreditar que as respostas estão fora, nos outros, noutro lugar, quem sabe bem distante daqui...
Na alegoria do Jardim do Éden, acredito que estavámos num lugar onde não necessitávamos de nada porque nós éramos tudo. Para quê roupas quando sem elas éramos suficientes, para quê invejas se todos tínhamos acesso ao que importava?
A famosa serpente surge como um rito de passagem. Nós tínhamos tudo, não sentíamos necessidade de nada porque não precisávamos de nada. Eramos felizes assim, apenas sendo.
Mas, como seria maravilhoso, sentir-nos, perceber-nos, experienciar-nos... Apenas sería possível com um corpo, com sensações físicas...
A serpente, símbolo do conhecimento, na minha óptica, não nos abriu os olhos, apenas fez-nos ver outro lado da realidade. Abriu o círculo da re-criação. Deu início a uma peregrinação de regresso a casa, ao nosso Jardim.
Desde então, temos caminhado ao longo de milhares de anos de forma a regressar ao Jardim do Éden. Temo-nos recriado das mais diversas formas para voltarmos a ver que não necessitamos de nada porque temos tudo o que precisamos, para ver que somos perfeitos, para re-ver que a resposta reside no nosso interior.
É nos momentos de insatisfação que sei que devo ir para dentro, que devo encontrar-me comigo, quem sabe para falar ou apenas escutar o que me tenho para dizer. Porque lá fora, já eu palmilhei caminhos e escalei montanhas em busca da resposta. Nada do que encontrei me fazia feliz. Até que um dia, de tão cansada de andar, parei para descansar. E, no silêncio, lá estava... A raíz de todas as minhas respostas, a essência.
Temos olhos, é claro, e tudo o que vemos, por ter cor, forma, cheiro, por ser palpável parece-nos mais importante, mas como Saint-Éxupery dizia: "...o essencial é invisível aos olhos..."
2008-08-01
Música... ou Máquina do Tempo

Nos anos 80, não era mais que uma catraia, e a viver num lugarzinho pequeno onde nada mais havia que vinhas e oliveiras e não tinha acesso à música excepcional que se fazia em todo o mundo.
Ainda que pequena, sinto hoje que na altura já tinha um ouvido especial porque as músicas de que gostava ou eram as simples melodias que o povo entoava ao ritmo da vindima ou da desfolhada nas eiras, e que eu cantava a plenos pulmões com a minha família, ou então escutava já deliciada as melodias dos Trovante, do Rui Veloso, do Zeca Afonso, do Pedro Barroso, cujas letras pejadas de tanta força, para mim nada mais eram que belas aves a povoar a minha imaginação, ensinando-me a crescer.
Aos poucos, fui tendo contacto com outros lugares e pessoas que nessa altura escutavam outros desabafos musicais, letras e músicas povoadas de lugares e culturas que na altura não sonhava sequer existirem.
Hoje em dia, embalo-me ao som da "Killing Moon" dos Echo and the Bunnymen, ou adormeço à sombra da "Forest" dos The Cure. Danço emocionada com os Joy Division em "Love will tear us appart", cuja versão dos Nouvelle Vague me enternece. Enamoro-me pelos "Indigo eyes" do Peter Murphy e pulo ao som de "She's in parties" dos Bauhaus.
Deixo-me atraír pelo som gótico e celta de tantas bandas que me fazem viajar para tempos longínquos, os quais, ainda que descritos como tempos de trevas, estavam pejados de mistério e de conhecimentos, na maior parte das vezes guardados pelas mulheres.
Com a música viajo, pela música respiro mais fundo...
O meu destino reside numa melodia....
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